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Vegetarianismo

"POR AMOR ÀS PESSOAS, AOS ANIMAIS, AO PLANETA" (SVB)

O vegetarianismo é o sistema alimentar que não implica em sacrifício de vidas animais para servir à alimentação.
Apesar de diversos estudos científicos apontarem para os benefícios físicos de uma dieta vegetariana, a simples supressão da ingestão de produtos de origem animal não garante a boa saúde.

Esses estudos têm relacionado a alimentação vegetariana à redução das taxas de mortalidade por infarto e doenças cardíacas, além de baixos índices de colesterol, constipação, transtornos digestivos, menor pressão arterial, redução considerável do risco de apresentar diverticulite, diabetes, pedras na visícula, obesidade e câncer, principalmente do intestino grosso e próstata. A dieta vegetariana também facilita a atuação dos rins e do fígado que em inglês significa liver (vivedouro), devido à sua importância na nossa fisiologia.

Parte desses benefícios se deve ao fato da dieta vegetariana se diferenciar da onívora (com consumo de carnes) em aspectos que vão além da simples supressão de produtos de origem animal. Os vegetarianos fazem um consumo elevado de vegetais, frutas, cereais, legumes e nozes, além de sua dieta conter menor quantidade de gordura saturada e, relativamente, maior quantidade de gordura insaturada, carboidratos e fibras. Freqüentemente os vegetarianos também ingerem pouco álcool, não fumam e praticam atividades físicas.

No campo sutil, existe uma reação muito íntima entre o que pensamos e sentimos com o que comemos e esses aspectos se influenciam mutuamente. Manter um padrão emocional positivo terá um impacto positivo sobre as escolhas alimentares, enquanto fornecer bons nutrientes ao cérebro fomentará o bom funcionamento das emoções.

Do ponto de vista fisiológico, todos os elemento químicos presentes no nosso organismo, como enzimas, hormônios e neurotransmissores, são provenientes da dieta. Eles são o combustível que abastece todos os órgãos e sistemas. Mas quem determina como e porque os sistemas farão uso desse combustível é o nosso sistema nervoso. O nosso organismo funciona como um carro: o sistema nervoso é o motorista; o organismo é o veículo e o alimento é o combustível. Se o motorista for gentil com o seu veículo e abastecê-lo com um bom combustível, o bom funcionamento da maquina estará garantido. Mas, se o motorista for imprudente, não há gasolina aditivada que faça a máquina ter bom desempenho. Por outro lado, se o motorista for ótimo e a gasolina for de má qualidade, a máquina também estará comprometida. Se ambos forem de má qualidade, chegaremos onde estamos hoje com a disseminação de uma epidemia mundial de doenças relacionadas à alimentação inadequada como a obesidade, doenças cardio-vasculares, diebates, câncer, etc.

Do ponto de vista ecológico e espiritual, a escolha da dieta não envolve apenas o comensal e a sua saúde individual. A cadeia alimentar envolve muitos aspectos: o ambiente, o solo, o sol, a chuva, o trabalho árduo de quem planta e colhe, transporta, vende, prepara; o consumo de recursos utilizados do planeta para a produção dos alimentos, etc. Tornar-se vegetariano é uma questão de ética global que precisa partir dos nossos corações.

Desde que nos sintamos parte de um planeta onde todos os seres estão interligados, ao escolher a nossa dieta é importante levar em consideração aspectos econômicos, ecológicos; éticos, espirituais ou religiosos, e claro, os científicos a respeito de saúde e higiene.

Do ponto de vista espiritual a dieta vegetariana está baseada no conceito de não-violência. Tornar-se vegetariano é um ato de consciência e pode ser o ponto de partida para uma vida mais ética, pautada na compaixão e não na competitividade até as últimas conseqüências. Comer carne está associado ao assassinato ou sofrimento animal. Uma pessoa consciente não consegue viver psiquicamente bem ingerindo esses alimentos.

Compaixão pelos seres vivos inclui o auto-respeito. O nosso corpo é a casa da nossa alma e dos nossos genes. É a ferramenta pela qual a nossa alma expressa os seus talentos. Um corpo mal cuidado, mal alimentado, atrapalha os planos da nossa moradora mais nobre. Outros moradores ilustres como os nossos antepassados e os nossos futuros descendentes também dependem da boa saúde desse corpo para continuarem essa estória. É por meio desse corpo que nos relacionamos com o universo, com a natureza, com as outras pessoas. Todos esses elementos se reuniram – as árvores, as nuvens, o solo, tudo – para trazer a presença deste corpo. O respeito ao próximo depende essencialmente do auto-respeito.

A minha sugestão é que você reflita muito atentamente sobre os motivos pelos quais você se alimenta. Pesquise e experimente. Os bônus e ônus da sua alimentação serão sentidos primariamente por você. Não se torne vegetariano porque está “na moda” ou porque os líderes espirituais famosos recomendam, nem se mantenha onívoro só por que a sua família é. Reflita, questione e, principalmente, EXPERIMENTE.

Sugiro aqui uma reflexão sobre a alimentação, que pode ser mentalizada antes das refeições, na hora em que você estiver escolhendo os alimentos que farão parte do seu prato:


“Este alimento é presente de todo o Universo. Ele veio da terra, do céu, de numerosos seres vivos e de muito trabalho árduo.

Que possamos comê-lo em plena consciência e com gratidão a fim de sermos dignos de recebê-lo.

Que possamos reconhecer e transformar nossas formações mentais não saudáveis, principalmente nossa ganância, e aprendermos a comer com moderação.

Que possamos manter nossa compaixão viva através de uma alimentação que alivie o sofrimento dos seres vivos, preserve nosso planeta e reverta o processo de aquecimento global.

Aceitamos este alimento para que possamos nutrir nossa irmandade, fortalecer nossa sangha (comunidade) e cultivar nosso ideal de servir a todos os seres”.

(THICH NHAT HANH)

A alimentação vegetariana adequada pode ser capaz de atender as necessidades nutricionais do organismo (exceto pela Vitamina B12), sendo fundamental consultar um profissional para garantir a combinação adequada dos alimentos e não aumentar o risco à saúde por inadequação alimentar.

Pessoas que ainda não estão prontas para se tornar vegetarianas podem se beneficiar da redução do consumo de carnes, principalmente a vermelha. Tecnicamente, precisamos diariamente de aproximadamente 0,8 g de proteínas por kg de peso corporal. Uma pessoa de 55 kg precisa de 44 g de proteínas provenientes da dieta para satisfazer as suas necessidades fisiológicas. Ou seja, a nossa dieta, de um modo geral, é hiperprotéica. Cada alimento fornece um percentual diferente de proteínas, com qualidades diferentes (composição de aminoácidos). Os vegetais podem fornecer todos os aminoácidos essenciais (que não são sintetizados pelo organismo), desde que haja variedade na ingestão desses alimentos. O nutricionista é o profissional que pode calcular a quantidade de cada nutriente das dietas, adequando-as com segurança às nossas necessidades individuais.

O cuidado mais urgente na dieta vegetariana é quanto à vitamina B12, que só existe em produtos de origem animal sendo essencial ao nosso organismo, ou seja, a sua falta provocará desequilíbrios importantíssimos como a anemia, a impotência, perturbações psiquiátricas e paralisia, podendo levar o indivíduo à morte. A suplementação dessa vitamina deve ser feita por veganos, sem exceção, e os ovolactovegetarianos devem fazer acompanhamento periódico desse nutriente, recorrendo também à suplementação, se for o caso.

Outro nutriente que requer atenção é o zinco - um mineral fundamental para a imunidade, presente com mais intensidade na carne vermelha, nos peixes e frutos do mar.

Os outros riscos alimentares dos vegetarianos são exatamente os mesmos dos onívoros: deficiência ou excesso de determinados nutrientes e suas conseqüências.


Conheça a Pirâmide alimentar vegetariana


Para saber mais, acesse http://www.svb.com.br/ ; http://www.europanet.com.br/vegetarianos/
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